1.12.16

eu escrevo. é o que faço. eu reescrevo histórias, eu me reinvento, eu utilizo as palavras para tentar me entender. a vida inteira. eu falo de mim. talvez eu tenha uma necessidade de me auto-afirmar, mas só porque eu devo ser muito insegura. ao mesmo tempo, o que é bem louco, também sinto uma segurança enorme em minha alma, meu espírito, no que sou. fico achando que o mundo não está preparado para o que sou. de vez em quando alguém, em matéria de amor, faz-me achar que sou única. não sou única, apesar de ser. de vez em quando, gosto de ser. de vez em quando, não me importo. mas eu escrevo. eu gosto disso. e me reescrevo. e resolvi, dia desses, tentar te escrever: a pessoa mais difícil de se ler que já encontrei, mas não tem ninguém nos últimos tempos que tem me dado mais prazer de decifrar. tu és parecido comigo nesse sentido: parece estar todo do lado de fora, e de repente, adentrou em si. assustado. eu também. eu te entendo. tenho te gostado. tenho ido no embalo. bom embalo, boa dança, bom ritmo. então, te escrevo:

olá.