16.4.16

aquarianidades.

surgimos um ao outro no momento errado um ao outro e estamos fadados ao insucesso de coisas cabíveis quaisquer a qualquer ser humano, entretanto, surgimos diferentes tão iguais um ao outro que a curiosidade foi instigada e ainda não apagada aqui por dentro de mim. em todo caso, entendo que mesmo igualmente magnetizados, somos igualmente incompatíveis nos quereres que surgem aqui e ali e como a mais pura poesia que poderia surgir de ponto em ponto, eu te escrevo, tu entendes e ficamos por aí e por aqui mesmo, tu sabes lá deusa onde, eu sabe lá deusa onde, mas estamos de alguma forma conectados por tantas estrelas, somos ao mesmo tempo sol e chuva, tão iguais, tão diferentes, e eu não sei contigo, tu estás em outro lugar que não aqui em meu mundo, mas é tão, tão, tão absurdamente óbvio que somos do mesmo universo que às vezes eu sequer acredito que fazemos parte disso tudo tão próximos. e tão distantes como algo que nunca (nunca?) vai acontecer, nunca nada (nada?) vai ocorrer entre os mundos que giram em torno de nós mesmos, salivando como se não houvesse amanhã, tocando como se a pele fosse desaparecer. somos dois de um mundo milagrosamente achado em nós, somos um de dois paralelos que aparentemente não se cruzarão, mas que andam lado a lado na adversidade do senso comum e que de vez em quando, de repente, dão as mãos.

somos o que não fomos e o que poderíamos ser.

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