9.2.15
vinte dias.
mas depois do que aconteceu, decidi voltar a mim mesma. decidi que é melhor assim, melhor que os escritos de lá fiquem lá, tranquilos e, como sempre, viscerais. algo mudou, algo definitivamente mudou em mim. não o que eu sinto, porque eu continuo sentindo. mas a forma de lidar com tudo isso. foi um freio. foi um aviso, foi algo me dizendo "calma".
foi algo me dizendo também que não posso ficar nessa malemolência toda, que a vida é só uma e muitas vezes é lá fora. não dá para me privar de viver qualquer coisa.
mas continuo aqui, sentada, pensando nele, e tudo bem, eu sou feliz fazendo isso também. e quero continuar contando, mesmo sem costume, mesmo sem querer. porque falta tão pouquinho para algo que eu pensei que nem ia acontecer.
e se não fosse um pouco dessa nossa loucura sadia, não ia ser tão cedo.
então vamo ser feliz, né?
vamo.
8.2.15
Ah, eu perco o sono.
Talvez não haja alguma coisa que explique o quanto eu odeio perder sono. E como é raro de acontecer.
Mas não é impossível: quase sempre o caminho se segue por eu ter um pesadelo bastante real e em seguida acordar muito cedo e perceber que não era só pesadelo, era verdade.
Meu pesadelo do momento foi ter me apaixonado.
Mas por uma questão prática e de bom senso, já tinha decidido se o que aconteceu no sonho também aconteceu de verdade, eu ia sair da jogada. Óbvio que aconteceu. Eu não erro. É como se não houvesse uma distância de 3 mil km e eu soubesse, sem saber.
Eu saio da jogada, porque eu não sei lidar com quem me diz que me adora mas no outro dia some porque tá com alguém. Mesmo a gente não sendo nada, mesmo a gente nem sendo possível, eu não seu lidar. E mesmo a gente não sendo nada, ele já era o cara que eu gostava e, assim, acabei não querendo mais ninguém. Minha cabeça funciona assim. Se a dele, não, paciência.
Ps: ele era o cara que eu gostava. Era. Acabou.
Dói. Eu me fodo. Mas eu deixo.