26.12.14

de novo

vim novamente, apenas para dizer:

a gente pensa em tanta coisa e dificilmente se apega. pelo menos eu. depois de umas e outras vezes sendo "tanto", resolvi e aprendi a ser menos. não faz mal não ser tanto, é porque o tanto tem hora certa. mas a gente pensa, pensa, pensa e de repente parou de pensar no que deve. é, não sei ao certo como dizer isso sem parecer emocional, porque ser emocional é um risco grande que se corre. 

e eu não corro riscos em início de conversa, só quando a prosa já está boa.

então, o que ocorre é pensar como seria legal. as vibes são boas. as vidas corridas. e tudo isso pela frente. não tem nada mais para acontecer, mas ainda a vida nos entrega algumas pessoas de vez em quando que fazem a gente pensar, pensar, pensar e parar de pensar no que deve.

tudo isso para dizer: acho que estou pensando em ti e talvez eu fique com saudade.

mas como eu penso muito, não te diria isso diretamente, só porque aqui mesmo, meu local semiconhecido e confortável no mundo.
comparando meu dezembro passado com este agora, posso ter certeza de que este é absurdamente mais florido. é bem verdade que o ano de 2014 me levou pessoas preciosas e tenho uma ferida aberta no coração que não sei se vai cicatrizar. sangra todo o dia, uma hora ou outra. fico pensando em todas as coisas que quero te contar, nas músicas que não conseguiste escutar, em tudo. não acredito ainda que materialmente não existes. eu fico sonhando dormindo e acordada, conversando contigo como se nada tivesse acontecido. sinto tua falta. 2014 foi horrível sem ti.

mesmo assim, dezembro está sendo melhor porque nenhum dezembro foi pior do que o passado. sem retrospectivas, eu posso dizer que hoje sou alguém melhor e uma mulher mais objetiva, o que me deixa feliz.

a única coisa que me faz escrever agora é pensar nas saudades: porque são várias.

na maior saudade do mundo e na saudade mais sem razão do mundo também. mas as pessoas vêm e vão mesmo... o que me deixa pensando: quando é que alguém vai ficar?

enquanto eu não sei, eu vou indo também.






(mas hoje pensei muito mesmo, que até me incomodou - a ponto de me fazer registrar -. quando vão ficar?)

4.12.14

com mais leveza
vim apenas dizer:
a luz derramada
sobre o espírito
não deixa mais
que nenhum mal
alcance o coração

sem nenhuma tristeza
volto para viver:
a paz sossegada
invadiu o corpo
deixou para trás
veio tão real
com caminhar são

3.12.14

A partir de hoje,
É um decreto:
Não te amo mais!

Assim como se celebra um início,
Celebro o fim.
E escrevo um desenrolar,
Desenrolo o que pareceu me sufocar.

É lei para mim que,
Mesmo te amando,
Não te amo mais.

Se falo que ainda é,
É pelo fato de que
Ainda não me acostumei
Com o que não mais é.

Fui teu brinquedo,
Tua artimanha,
Fui tudo menos amor.
Então,  eu decreto sem dó:
Não quero mais essa dor!

Descobri sutilmente,
Novamente,
O quanto honestidade te faz falta.

Eu que fui louca,
Eu que fui confusa,
Eu que fui desejada com os olhos e boca e mãos e voz e ouvido e mente e corpo e mundo e alma,
Mas eu que confundi.

Não foste tu que
Estava amando outra moça.
Não foste tu que
Recebia a namorada em casa

Não foste tu o culpado
Que quis me jogar a loucura
De tua própria deslealdade.

Portanto, no maior alívio dos alívios, declaro:
Não te amo mais!

Não que ainda estivesse chorando de amor e saudade, não.
Eu só preciso decretar,
Para não mais cometer o crime,
Nem a gafe,
Que é te entregar qualquer parte de mim novamente.

Não te amo mais!
E que sensação maravilhosa!

Ps: cuida dela. Não mente como mentiste para mim. Diminui esse ego. Não faz ela ser só mais um instrumento que o encha. Não destrói a alma dela como fizeste com a minha. Não deixa teu rastro. E que a deusa a proteja.

1.12.14

Força.

Pega a força.
Toma força.
Sente a força.
Seja a força.

A força é só mais uma sutileza de nossa racionalidade.

Sê forte, moça.