30.3.13

às vezes, somente às vezes e não sempre, a gente não entende o que faz nesse mundo. e acaba não entendendo o que é pra gente fazer. acaba desacreditando em todas as coisas que a gente acreditava antes de ser bombardeado de ideias, conhecimentos, informações. às vezes isto desinforma o coração. e nos tornamos adultos confusos e sem nada em que se fiar quando começar a dar errado. ou quando tudo começar a dar certo. o peso é tão grande que, particularmente, perdi-me no caminho, mas a vontade é de me reencontrar. eu acredito nas coisas boas. tenho que acreditar, mas gostaria de somente "acreditar", sem "ter que", no amor. a gente não entende e acaba deixando pra lá.
mas eu não sou dessas. ou não quero mais ser. eu quero acreditar que posso dizer "eu acredito piamente no amor".

28.3.13

sobre pessoas feias.

o feio tem tempo o bastante para pensar e por isso talvez seja mais sensível ao que vê ao seu redor. 
comecei me expressando mal, é verdade. mas o fato é que quem tem um "defeito" tão grande aos olhos dos outros, da "sociedade em geral", acaba correndo por outros lados. começa a divagar, a filosofar, a tentar entender "por quê, meu deus, por quê diabos eu não fico com ninguém?".
óbvio, não é só o feio. é o tímido, é o que tá acima do peso, é o que não tem um padrão de beleza "aceitável", ou mesmo um comportamento "aceitável".
acho que todos devemos ser feios. isso dá tempo para pensar. para tentar entender o outro.
li um texto esclarecedor agora mesmo e um comentário dizia que o autor só poderia ser feio, por ter tanta sensibilidade para com as mulheres.
por quê? como assim? não entendo.
uma pessoa aceitavelmente bonita não poderia ser sensível?
esse é outro clichê: os bonitos não podem ser sensíveis.
é bem óbvio que aquele cara maravilhoso de lindo não pode ser fiel. que aquela mulher incrivelmente bela tem um defeito muito doido escondido.
acho, sinceramente, que é verdade o fato que se temos algum defeito e o enxergamos, pode ser ótimo, assim tentamos melhorar. não esconder o defeito. mas entender a complexidade do mesmo e tentar melhorar para si mesmo, para o mundo, para o próximo. eu acredito em evolução espiritual. acho que o mundo um dia será um lugar muito bom, sem tanto sofrimento.
mas isso é conversa para outra hora.
o que quero tentar entender é essa história louca de que o feio tem mais tempo de pensar. já que não "pega" ninguém, né?
(saibam que isso é ironia...)
mas, enfim. se for verdade mesmo, sejamos feios. estejamos atentos para o outro. sejamos sensíveis e entendamos que, mesmo garbosos e elegantes, temos a obrigação de sermos gentis e educados.
e que quando gostamos de alguém... bem. sejamos sempre honestos.

sejamos aqueles com defeitos tão gritantes que estes nos façam pensar... e sensibilizar a alma.

ps: o texto lido foi esse: http://xicosa.blogfolha.uol.com.br/2012/08/05/so-a-mulher-sabe-acabar-uma-historia-de-amor/
ps 2: o comentário já esqueci de quem foi.

22.3.13

contradições.

passou uma coisa na cabeça agora e deu muito medo. principalmente de contar. mas sabe aquelas coisas que a gente conta e se sente melhor depois? não sei se essa é uma delas, mas como falei, eu não sou de não tentar.
há quem me conheça que diga que sou rebelde sem causa. rebelde posso até ser, mas tem causa. bem, eu não gosto de machismo... o que talvez me torne feminista. eu já não sei de mais nada, mas das poucas coisas que sei é que não gosto de injustiça, de qualquer jeito, e não gosto de injustiça de gênero. enfim...
eu sou brutal também: não meço muito as palavras, sou ansiosa, sou explosiva, e pelo que me falaram, eu sou intensa. é, dando uma leitura dinâmica aqui nesse blog dá pra perceber. eu descobri que tenho lua em câncer, deve ter alguma coisa a ver com sentimentos. ah, eu sou meio fria também, ou tento ser. meio calculista, sabe? não dá muito certo quando eu começo a me apegar. e não duvide: eu vou me apegar.
e sou prolixa... direta, mas só no fim do texto. eu gosto de escrever. com 5 anos eu já tinha diário. e escrevia.
o que quero dizer é: eu sou feminista e tenho muitas características controversas. mas eu sou uma boa pessoa. acho que sou uma pessoa que as outras gostariam de conhecer. mas como sou controversa, as pessoas não me entendem de cara e não tem paciência de conhecer o resto para tentar entender. tudo bem, eu entendo, sou impaciente prum monte de coisa também.
mas a questão é que acho que valho à pena.
porque eu sou tudo isso mas me deu uma vontade enorme agora de ser romântica. de me permitir dizer as coisas, sem medo de julgamentos, sem medo de pés na bunda... sem medos. não tem nada a ver alguém feminista não poder ser romântico, uma coisa não exclui a outra, eu só tento não ser porque eu tenho medo de me expor. mais ainda do que o mundo virtual já expõe.
eu quis amar. tantas vezes. é, eu me apaixono fácil, sabe? desapaixonar é um pouco mais difícil, mas hoje em dia levo numa boa. eu só preciso de alguém que entenda isso. que eu sou controversa, mas não tão difícil. estou trabalhando nisso, como me aconselharam. eu tenho que expor um pouco mais, mas de um jeito menos brutal.
e eu tô tentando.
óbvio que eu sonho em casar, eu sonho em ter filhos, sonhos sempre aliados a ter uma carreira jurídica incrível e alguém sensacional ao meu lado. senão, o que adianta? tem que ter tudo arrumadinho, porque o dia-a-dia já desarruma tudo mesmo... eu sonho em encontrar alguém que me complete, me transborde, seja minha alma gêmea, minha metade da laranja, do limão, do limão com sal e tequila, sei lá. só que eu já entrei em tanta roubada que é difícil continuar acreditando que posso conseguir.
mas eu sonho.

deu vontade de dizer que eu sinto tudo isso. porque eu sinto. só não falo muito - ou às vezes minto, para não dar muito papo a quem não precisa.

ps: sol em aquário, ascendente em touro e lua em câncer é uma péssima combinação. ;)

18.3.13

eu vou.

ando tão cansada... mas não posso deixar de andar. entendo bem que, se parar, nada muda. e mesmo que eu não espere muitas mudanças, não vou ficar parada esperando que as poucas que desejo venham até mim. eu preciso, cada vez mais um pouquinho, ter o coração em minhas mãos, porque se passei os últimos anos que vivi aprendendo a ser forte, agora é hora de aprender a ser terna. o processo de se meter em uma fortaleza metafórica e lá se proteger é facílimo perto do que quero passar agora. porque não há dificuldade maior em alguém de pedra querer se transformar em alguém de algodão. é, eu ando cansada porque simplesmente eu olho para o mundo e tantas vezes tenho vontade de chorar: um mundo tão vingativo, sofredor, invejoso, egoísta. para que me transformar em algodão quando esse mundo parece me exigir ser de pedra? eu não sei ao certo, mas é que a solidão de ser sólida tem batido com muita frequência em alguma parte de meu ser que sei precisar. sinto uma agonia crescente e que piora quando não consigo falar algo que sinto. eu não falo o que sinto. posso dar umas pistas, mas é uma trava muito grande. medo, insegurança, agora eu tô tentando falar o que sinto quando não falo o que sinto. é um treinamento. eu me canso em pensar que vai dar errado, que eu vou ficar triste - eu evito tristeza -, sei lá. mas eu tenho que andar, sabe? evoluir. melhorar. assim, eu acho que vou atrair coisas boas, pessoas boas, vibrações boas. e tem que ser. eu quero. eu quero poder dizer "eu te gosto", seja lá para quem for, eu só quero dizer. apesar de o mundo às vezes me fazer achar que não vale à pena, tem uma sensaçãozinha aqui dentro de mim que tá me dizendo: "vai". e eu vou.

6.3.13

fervilho
a alma está em ebulição
sinto a pele quente
os pensamentos se misturam
o sim e o não desmoronam
as dicotomias prendem
eu quero respirar
mas eu estou queimando
pois tudo está se inovando
tremo, temo
medo de fazer, medo de ficar
medo de continuar
respiro
sinto-me arrepiar
sinto, sinto muito, sinto desesperadamente
sinto
SINTO
grito, pulso, fervilho, trago, solto, silencio...
s
i
n
t
o
tudo tanto e misturado junto
que fervilho a mente
fervo
queimo
entro em ebulição
evaporo a alma...

3.3.13

tudo se ajeita, tudo se emenda
enquanto tudo se desengata
que nada se prenda
tudo por aí vira paz, tudo vira luz
tudo ao meu redor
às vezes me maltrata
tudo é amor
e isso, essa coisa do amor
tudo se desata, tudo se mata
dói de ver o amor se libertando
porque amor quer ficar dois
e quando é só um
não se deixa nada para depois
por isso que eu entendo
que tudo se orienta, nada se ostenta
tudo vai seguindo
assim, vai se esvaindo, vai se só indo
deixa ser livre o amor
eu vou soltar para ver para onde vai
porque eu sei que tudo se ajeita
tudo acaba se emendando
e quando a gente nem mais pensa
a saudade acaba se acabando