29.2.12

disso tudo,
tua parte
sou eu inteira.

28.2.12

um pouco de pressa para dizer que a vida, pouco a pouco, torna-se novamente lugar comum. parece que recomeça sempre, aliás, não parece: é assim mesmo. nesse novo recomeço, pude ver coisas tão banais que há muito estavam escondidas em mim e para mim. lentamente, torno-me novamente lugar comum em mim mesma, mas jamais perderei essa vontade de sorrir, de buscar a luz, de ter estrelas no céu da boca e borboletas no estômago. esse é o tipo de 'busca' que acabo não buscando, acabo, em verdade, sendo achada. a poeira da vida sentou, a alma se acalmou e tudo que tenho que fazer agora é... sentir, caminhar, pensar, voltar, calar, falar, sorrir.

25.2.12

é que quando eu estou assim, fico ansiosa (mais do que o normal). é, acho que não pegaste esse lado da moeda. só viste o tranquilo. o equilibrado. mas até minha ansiedade tem uma ponta de equilíbrio. já explico: quem me conhece, 'de outros carnavais' (finalmente usei a expressão em termos literais), entende minha trava para paixão e etc. amei. amei tanto e loucamente que achei que não sobraria mais amor pro resto da vida depois do que amei. então, tudo passou. tudo foi lenta e gradualmente caindo por terra... e foi quando meu olhar já não encontrava mais razão na emoção. eu tinha desacreditado em tudo, ou quase tudo, sabes? quer dizer, no que diz respeito a gostar e sorrir por gostar.quem me conhece, sabe... enfim, então apareceste, de um jeito que, ao que me pareceu, tão perfeitamente delineado e eu fiquei refletindo... por que fui embora? se não fosse o óbvio, nem ia. falar sobre isso, assim, abertamente, é muita coisa pra mim. falar que me apaixonei por ti em tão pouco tempo e que me apaixonei pela ideia de ficar mais e que me apaixonei pela ideia de me apaixonar por ti e estar mais contigo é demasiadamente grande diante de tudo que já me aconteceu, diante do que já passei, diante do que vivi. é tão bonito. tu és tão bonito. que alma linda! que olhar iluminado. essa luz que irradias quando me fitas... ou quando me fitaste. que chato não poder falar no presente. aliás, e que presente os deuses me deram. pode ser que não aconteça o que quero, mas ainda assim tu já foste um presente. já quero voltar, por motivos óbvios e outros não... tenho um tantinho de timidez de dizer ao vivo, talvez por isso não tenha te dito, não tenha me expressado como deveria. eu queria ter estado mais aí, falado mais, sorrido mais... e, agora, aqui, vejo que a ansiedade de rever já é grande... acho que conforme voltar ao meu 'normal', a essa minha vida por aqui... vá passando. 1 minuto de equilibrada ansiedade: vamos ver. o que sei é que como aquarianos, sabemos. fizeste-me bem. quero mais. eu me apaixonar de novo? que medo! e que bom. obrigada. já estás em saudades.

24.2.12

'você'

é tranquilizante e enlouquecedor saber que eu te encontrei. em uma forma não usual, de um jeito tão importante. parece que as coisas vêm mesmo na hora certa. o que posso dizer nesse momento é que tive alguns motivos para querer ir até aí, mas que nunca imaginei que eles poderiam render um tão bom para ir mais uma vez, o quanto antes. então, talvez, 'você' seja meu yang. há 24 horas, sentada a teu lado, eu já desconfiava de tudo que passaria a sentir no agora. e nesse agora, eu te confirmo: já é saudade de quem te gosta.

22.2.12

escolhi a vida não por ter medo da morte
mas porque a vida - mesmo sendo morte a cada dia -
oferece-me mais desafios
quem sou eu para me conter?
diante desse fio de rima que se perdeu
em toda essa doce água de cor pálida
a morte que me falo é aquela maldita
de se respirar e ter ar
de se beber água e matar a sede
de andar e poder correr, se quiser
e de se olhar o céu estrelado sozinha

sem aquela vida por perto

19.2.12

até quando e onde vai teu medo? eu acho tanta graça. depois de devorado o livro, lembrei de nós. e aí ao mesmo tempo que lembro de nós, tu lembrando de tua nova paixão. ai, que burra que sou! e exponho-me de novo e sempre. fica com ela, casa com ela! duvido que te faça mais feliz do que fiz. aliás, duvido que durante estes 6 meses ela tenha te feito mais feliz do que eu te fiz por 1 dia somente de nossas vidas. é tudo tão óbvio: quando nos encontrarmos de novo... ai, a vida vai te sorrir. e eu... estarei indo em outro caminho. que óbvio. enquanto isso, alucinações da madrugada carnavalesca riem-me na graça da vida. beijos e que ela te destrua até o último fio de cabelo, pra quando vieres te recompor comigo, eu aperte a mão dela e diga: certa estavas tu, pois ele não presta.

8.2.12

2008. foi o que lembrei. tinha um vento diferente lá debaixo, no térreo da reitoria, tinha um ar estranho quando eu cheguei lá. eu via o rio e ficava contemplando, olhando do lado contrário. mas aí me bateram à porta, e bateram o olho. foi o que lembrei. o vento fresco que balançava as árvores passou a fazer mais sentido, todos os dias. chovia, fazia sol, batia vento, mas eu ia. e continuava querendo ir. tudo ficou mais claro, mesmo com a perda da luz. foi isso que lembrei. fugir da realidade e buscar calor também era bom. guardo todas as lembranças com carinho e gosto de escrevê-las: para que elas não se percam no tempo, nem em teu, nem em meu. é estranho lembrar essa época, foi de muita mudança, de muita descoberta, de reforçar o que se queria, e aí lembro o cheiro do vento... impossível explicar, mas mesmo assim gostaria: foi a época mais feliz de minha vida. 
foi o que lembrei.

7.2.12

o mundo, assim como escrevi meses atrás quando pensei em ti - numa linda sensação de que ficaríamos juntos por muito, muito tempo -, não para pra gente respirar. as pessoas não param por nós, exceto em situações extremas. mas ninguém parará por mim só porque entristeci. ninguém vai fazer meu tempo parar só pra eu aproveitar mais. ninguém para. nesse mundo apressado, nenhuma coisa é certa, talvez só que não se sabe. conheço as pessoas. elas são cruéis muitas vezes sem razão, e em muitas outras vezes estão tão preocupadas com seus próprios umbigos que nem percebem que nos causaram tristeza. não sei o que é, mas por uma absoluta certeza de que todos nós somos seres humanos e estamos suscetíveis a tristezas e a alegrias, eu tento não magoar ninguém. eu não digo que gosto de ti se não gosto - também não digo que não gosto, só não me aproximo. as pessoas tem tendência a manter outras na 'reserva', pra tudo: pra sair naquela noite que ninguém quis, como amigos ou não, pra jogar poker quando dá na telha, pra conversar quando não tem mais nenhum ombro amigo... eu sei disso, eu sinto isso, eu sou reserva. mas não quero mais. isso é chato. por que as pessoas não podem ser verdadeiras umas com as outras? 'meu mundo não vai parar por ti'. é simples, dói na hora, mas é isso. eu te agradeço por teres me dito e sido sincero, disso não posso reclamar. o grande problema foi o modo, o momento e tudo o que já tinha sido dito antes. e pouco antes, dias antes. um 'minha linda' sussurrado em meio à escuridão e a tudo aquilo, um tratar melhor que a todos, um abraço durante minha soneca no filme. pra quê? pra jogar à sorte novamente. sinto falta de ser única. de ser tua única. mas o mundo não para... tu não pararias por mim... mesmo tantas vezes eu tenha me freado por ti - e fiz com gosto, faria de novo se valesse à pena -, mesmo que haja tanto 'mesmo que'. hoje eu quero te dizer que te sinto ausente em mim todos os dias - como já disse muitas vezes -, mas que entendo, perfeitamente, que teu mundo não para por mim. continua. apesar d'eu saber que, por mais que não queiras, quando parares... aí saberás o que é falta (acho que disso sabes, por isso, continuas)... minha maior curiosidade é saber em que inércia estarei quando isso acontecer.

4.2.12

eu deixo um pouco pra me misturar


se eu pudesse me expressar agora, eu me expressaria com um suspiro... conheces bem essa minha cara com expressão um pouco fechada, olhos um pouco caídos - que podem sugerir tristeza, ressaca, cansaço, minha alergia comum ou mesmo uma febrinha, ou tudo junto -, a boca que se mexe sem falar nada... e os pensamentos que parecem sair de mim e que pareço ouvir mesmo sem puxar som, só ar. eu não sei nem o que falar direito, acho que deves agradecer a todos os deuses quando falo isso, porque sabes bem que as palavras que às vezes saem de mim são tão cortantes e amargas... estou vivendo de um jeito não antes experimentado de forma real e concreta, um dia após o outro, claro que penso em ti ainda, do mesmo jeito de sempre, todos os dias e noites... às vezes queria muito te dizer que mesmo de depois de tanto tempo sem ti, sinto vontade de te dizer que sinto tua falta, mas não essa falta que sinto, e sim aquela falta que sentia quando eu sabia que voltarias... agora não voltas. nunca voltas, e sinto tanta falta por isso! eu me arrependo tanto de algumas coisas, sabe? eu me arrependo de pensar que tu podes te arrepender e voltar... porque depois eu choro mansinho. que sei que não voltas. que sei que tá tudo bem... que sei que não voltarias para tua grande dúvida de sempre que sou, que fui... mas que não sou mais. exorcizaste-me (risinho de canto de boca) - mais uma vez. 'não te deixa levar', e me levar pra onde? eu não tenho mais pra onde ir. tua casa não é mais meu lar, teu destino não é mais o meu abrigo, e tuas mãos não são mais minha pele. não me sinto mais desesperada como outrora me senti. o que sinto agora é um sentimento de conformidade tão chato e tão óbvio... porque tudo é muito óbvio, né? é óbvio também que tende a passar... como tem melhorado bastante. e é por isso, acho, que vem esse chorinho por conta dessa música de preguiça que sabes que tanto gosto (até do chorinho lembro de nossas risadas). a verdade é que eu me sinto tão vazia quando vais. e faz 6 meses e poucos que me sinto vazia também quando vens. eu queria muito te fazer um carinho. mas mais que isso: eu queria muito receber teu carinho. saudade de quando me vias após o aeroporto, após acordar, após tomar banho: era sempre a mesma expressão: era como se tu estivesses sentindo minha falta o tempo todo: era como se, sem mim, não fosses tu. isso mudou um pouco, eu sei que não demonstras mais porque agora tens uma vidinha também um pouco mudada. só desculpa te dizer, não consegues todas as vezes. e é por isso que não paro de me (te) perguntar: por que dá essa vontade de se ver toda a vez? eu não quero teu sexo, eu só quero teu abraço. vou indo, deixando sempre um pedaço no caminho pra que tu não te percas, ou mesmo pra que, de repente, alguém me encontre: porque eu não tenho mais pra onde ser levada.

2.2.12

os passos se guiam entre vários 'possos' prosseguindo sem parar por mais nenhum poço,
pois não é mais fundo o mundo.

1.2.12

em cada canto vejo um lado bom

tenho andado em cima de um sentimento assim... de que se eu fizer do jeito mais fácil pode ser mais leve, assim, ir vivendo sorrindo como dá, mesmo que não seja exatamente o que sonhei. fazer planos humilha nosso coração, pois expectativas frustradas faz um ser humano mais pessimista pouco a pouco. então parei de querer, de respirar amor, de desejar carinho. mentira em partes, claro: continuo querendo tudo, tudo isso. mas não vou, nem devo, tampouco posso passar por mais uma frustração oriunda de expectativa... deixa assim, vivendo meio na preguiça de uma música boa de dançar. continuo escondendo a maioria dos problemas no fundo da alma e botando o sorriso na cara na maior hipocrisia do mundo, mas é para me proteger e espero que o mundo compreenda. de vez em quando cuspo umas verdades aqui e ali, até no passado-presente, mas é algo que pouca gente sabe, de verdade. pouca, talvez só uma pessoa. continuo torcendo pelas coisas boas da vida, ainda que com o peito sufocado quando escuto 'aquela' música - tantas - ou quando, antes de dormir e ao acordar, sinto a pele arrepiada por um só pensamento... desculpa ter cuspido tanta coisa assim, sem te proteger antes. ainda dói e tanto. mas é só essa a parte que te cabe. o resto eu vou continuar escrevendo sem direção. quem sabe sentindo sem direção também. só seguindo: minha própria direção.