26.11.11

meu cabelo está cheiroso
minhas pernas mal depiladas
não poderia usar biquíni
meu rosto ainda maquiado
não muito, só o básico
eu emagreci esses tempos
sim, é bem ruim
pintei as unhas de vermelho
sou eu mas não sou mais
a mesma diante do espelho
há coisas estranhas acontecendo
há outras muito pouco complexas
há algum tempo quis mudar de vida
talvez por preguiça de consertar a que tenho
continuo a melhor em matar mosquitos
tem 4 jogados aqui do lado
minhas mãos continuam boas
pro cafuné, pro carinho
pra serem tocadas
minhas orelhas estão um pouco inflamadas
essas minhas alergias à toa...
minha voz continua sempre meio rouca
meu olhar continua sempre meio torto
minha cabeça continua meio louca
os ruídos permanecem em mim um pouco
o quarto continua a mesma bagunça
a mente que melhorou
eu continuo caminhando
estou ansiosa por um resultado
fui ao cinema sozinha dia desses
e estou querendo ir novamente
assim, pra sentir a falta mesmo
queria que fizesses isso também
quem sabe, por milagre
tu realmente sentisses a falta
que faço, ou que te fiz, sei lá
só não sei porque ainda quero isso
é estranho eu não saber, não é?
mas pensarei sobre o assunto
por hora, eu só queria mesmo te contar
como vou indo.
é mais ou menos isso.
até a próxima.

23.11.11

muito pouco

eu ainda estou pensando, sinceramente, porque me incomoda tanto esse contato. isso que sinto ainda é gostar? tô achando que cheguei em um momento onde nada mais é bom, em um lugar onde tudo precisa ser reciclado, até meu modo de ver o mundo, o sentir, o fazer. eu cresci não acreditando em contos de fada, sabendo que príncipe encantado não existe e entendendo muito bem que eu não sou do tipo fácil - de namorar ou conviver. algumas boas experiências me mostraram um lado bom de mim, é verdade. algumas pessoas tiveram paciência o suficiente de ficar comigo e não terminar por causa do fim dessa paciência. a essas pessoas, meus profundos agradecimentos, vocês somaram. mas fico imaginando até que ponto ainda posso gostar de alguém que me disse não ter mais paciência para 'certas coisas'. essas tais coisas sempre ficaram um tanto nebulosas em minha cabeça, mas, de toda forma, fui levando e tentando ser, moralmente, alguém melhor. não que eu não fique com quem eu quero por ser puritana, longe de mim, e quem me conhece bem sabe que não sou puritana - e nem 'vagabunda' (ou qualquer esteriótipo preconceituoso, os quais repudio). mas é (foi) até bom: revi vários conceitos, de ordem moral, ética, social, de como tratar o próximo e como isso refletirá em mim. e de como me tratar pra refletir em outras pessoas. o que sei é que, claro, de todo relacionamento a gente tira algo que preste. eu tenho pensado muito nisso. por que cheguei a esse ponto? de encontrar 'muito pouco' que funcione como bom, pra mim, de nós? nunca acreditei em príncipe encantado. eu sempre senti (e muito, como costumo dizer), mas, sei lá, eu fiz burradas porque era nova. eu já vou pros 23 e não dá mais pra continuar errando na mesma coisa. aí, há um tempo, chega alguém e 'me tira do fundo de onde eu tô', faz-me bem, sorri-me, conquista-me, vive-me. eu comecei a pensar que por nunca ter acreditado em contos de fada, de repente poderia estar acontecendo um pra mim. mas o 'para sempre' chegou depressa demais. e acabou num dia de dezembro, eu ia fazer 20 já (ainda). o grave problema é que acabou lá mas só foi terminar mesmo por agora. o que é triste. talvez se tudo tivesse sido como deveria ser, minha vida hoje seria totalmente diferente. não totalmente, óbvio, mas grande parte. é, isso influenciou muito. todas as indas e vindas, todas as traições que sofri (não só no sentido estrito da palavra, em sentido lato mesmo), todas as mentiras que aprendi a contar (e pra quem sempre esteve comigo...), todos os problemas íntimos que me levaram quase a uma análise e à autoanálise incontáveis vezes, os choros de madrugada pela saudade, pela distância, pela falta de sensibilidade, tudo. citar momentos bons eu não vou, foram muitos, claro que foram, e sempre sensacionais. mas tudo de ruim que passei... valeu à pena? talvez seja por isso que quase 2 horas da manhã eu fico me indagando, ainda, porque me incomoda tanto esse contato. acho que nunca vou saber mesmo, e eu odeio sentir algo sem saber porque estou sentindo... talvez porque tu lembres coisas ruins. ou porque não faz sentido que sejas meu amigo, não quero isso. já tenho muitos e bons amigos. eu te queria pra ser meu, pra viver comigo, pra ter paciência sempre, assim como tive contigo. talvez porque eu sei que me trocaste - de novo - por outra. talvez porque eu pense demais. mas por que eu ainda 'gosto' de ti? faz 1/4 de ano que não te vejo e parece que faz 1/4 de vida. o que 1/4 não faz? e o que essa ambiguidade faz comigo quando penso em algo bom... é, são coisas da vida, minha nêga. o que eu sei é que mesmo não acreditando em príncipe encantado e contos de fada, eu não mereço mais algo tão cruel pra mim. não é porque não acredito no paraíso, por assim dizer, que tenho que acreditar que o que me resta é o inferno.

22.11.11

falta algo pra completar
sobra sempre pra se banhar
eu vi a luz em todo o lugar
e a escuridão eu deixei pra lá
conceitos tão simples
tornam a vida, às vezes, complicada
é quando não se sabe diferenciar
passado, presente, futuro, andando, parada
a grande virada
o anzol que me lembraram
eis que existo pra falar
mas é preocupante eu me calar
vai surgir algo pra completar
vai sobrar algo pra banhar
vai brotar pra acalentar
vou viver pra (te) lembrar
seja lá o que a ambiguidade queira expressar
mas esteja(m) certo(s)
falta-me pouco pra ganhar
sobra-me sempre pra lutar


21.11.11

a gente deveria receber um recado quando nasce: cuidado, a vida dá muitas voltas e pode causar enjoo. a história de que não é fácil viver todo ser humano são sabe que é verdade. em todo caso, existe tanta gente que passa por nós que a sensação de enjoo pode aumentar. a vida não para de rodar nunca, mas creio que certas pessoas vêm para acelerar ou desacelerar o ritmo. e por mais que o coração quase pare de bater de tanta adrenalina e emoção, com o tempo a gente aprende que o que faz falta mesmo é aquele tipo de pessoa que te acalma. e, eu tenho certeza, esse tipo não existe muito. é tão bom estar com tranquilidade. sinto falta disso. meu mundo anda girando muito rapidamente e me deixando tonta demais. eu quero paz. eu quero desacelerar. eu quero não mais enjoar toda vez que, mesmo sem querer, lembrar.

17.11.11

ah, menina
tu que és só uma menina
uma mocinha
e também uma mulher
sê forte, esquece essa prece
trata de fortalecer a fé em ti mesma
não te joga às profundezas
de um mundo sem volta
sai dessa melancolia
que sofrer por ele não é paz
ele não merece tua lágrima
menina que és mulher
de tão poucos anos que tem
e tanto que já passou
trata de tratar tua tristeza
e nos traz de novo alegria

15.11.11

essa vida constante em encruzilhadas não me faz bem
sinto que a qualquer momento meu peito explodirá
e por que ainda nisso pensar?
não consigo parar de traçar planos para um futuro que não sei se virá
de forma escondida, há algum tempo comecei a pensar
num improvável reencontro, onde tudo tem cheiro de chuva
mas gosto de tarde num fim de raio de sol bom
como naquelas misturas que costumávamos ser
não aguento mais viver com esse passado me engolindo
e muito menos com esse futuro me esmagando
mas meus dias não parecem passar
às vezes sinto meu coração parar de bater
ainda não sei ao certo se é de verdade
às vezes acordo no meio do sono
com meu coração disparado ao pensar em ti aí
imaginar o que poderias estar vivendo
e é tão torturante quanto errado comigo mesma
em meio às palavras antropologicamente organizadas
ou em mais uma teoria jurídica já conhecida
eu vejo teu rosto e tua boca se mexendo
como quando discutíamos o futuro da humanidade
sempre através de uma técnica desmantelada de igualdade
e como podemos ser tão iguais
e tão incrivelmente diferentes?
quando é que morrerás em mim?
já faz tanto tempo que não te vejo...
já faz tanto tempo que te conheço...
tu ainda és tu?
e eu? ainda sou eu?
meu peito dói e cansa
e quando fico cansada, choro
e quando choro quero música
sabes que até nisso somos parecidos?

eu costumava tanto dizer que somos melhores juntos...
acho que poderíamos fazer tanta coisa juntos
só ainda não conseguimos fazer algo por nós
é inevitável não pensar num porquê
então eu deixo pra lá, acabo perdendo a voz...

estive tranquila e um tanto segura
mas, por algum motivo, cá estou novamente
é fácil dizer 'vou parar de fumar' e jogar fora os cigarros
difícil mesmo é não pegá-los de volta
pra, quem sabe, uma última tragada
que me perdoes por te comparar à tabaco
mas eu te inspirei, respirei, e perdi o fôlego...
de vez em quando parece que vai bater uma recaída

sei bem que sou mais uma
eu deveria sempre saber
e... como dizer?
é bem óbvio que estás tranquilo e seguro
tens um porto seguro em quem deitar
dormir, acordar, descansar
mas quando é que dela vais cansar?
porque isso é tão óbvio
ela ainda não sabe, mas é o que sempre fazes
e quando é tu vais te cansar?
parar de fazer tudo isso?
não sou meio, eu sou fim
não poderia nunca te trazer paz
eu não sou um utensílio doméstico com tarefa destinada
sou um ser humano de carne, osso e alma
tua paz que tanto caçaste em mim
e continuarás caçando por aí, em outras
está em ti
enxerga-te do lado de dentro e acharás
e daí, não te centres mais: que te expandas
já és egoísta o suficiente
agora olha para dentro e enxerga o que há de fora
eu estive te esperando e te querendo por tanto tempo
mas agora já passou da hora

dói começar a sonhar com nosso reencontro
e, ao mesmo tempo, ser obrigada a me acordar
tu não mudarás, não evoluirás...
e eu... bem... eu já terei ido embora desse lugar...

13.11.11

a saudade é um mar de lembranças
as lembranças são um mar de sentires
os sentires são um mar de quereres
os quereres que se buscam pra lá
e lá é um mar de água de rio
e rio hoje em dia do lado de cá
cá é um mar de conspiração
a conspiração não passa de um mar de aflição
aflição que é um erro de um não
o não passa a ser tudo que é
e ser é uma verdade incontestável
contestar é minha missão
porque o que era já foi
mas o que ainda não chegou pode ser
o poder é menos que o ser
e o ser se prega à palma da mão
a mão é um mar de toques
os toques um mar de suspiros
os suspiros dados em uma noite qualquer
uma noite qualquer é um mar sem direção
a direção que me faltou convencer
convencimento é um mar profundo
a profundidade que se escoa pelo tempo
o tempo é meu melhor amigo
esse amigo é meu mar, meu abrigo
meu abrigo é um mar em teus braços
teus braços abraçam outro corpo
e o corpo é a areia da praia
porque alma é o mar
e a minha é um mar de calma
pois a calma é um mar de paciência
e a paciência infinita de quem tem certeza
a certeza é minha aliada
pois o saber é meu mar de razão
e a razão é o mar de sorrisos
meus sorrisos, um mar onde te banhaste
em um dia atrás
num dia pra se sentir saudade
e a saudade é um mar de lembranças...

12.11.11

é às quinze para as duas da manhã
que de repente penso em ti
e que falta faz conversar

e não é que bateu saudade?

(acontece)

9.11.11

hoje gastei os últimos trocados que podia da minha conta bancária. não tenho dinheiro, nem muitas boas expectativas de tê-lo. eu gosto de ter dinheiro pelo que ele pode me proporcionar: sorrisos com os amigos num bar legal, cervejas geladas, um sushi, uma macarronada, passagens de avião pra que eu possa ver aqueles que amo e estão longe, um vestido novo que me deixe bonita pra ir a uma festa qualquer. talvez por isso eu não tenha mais quase nenhum dinheiro agora. só agora aprendi o quanto é importante guardar hoje para se construir o amanhã. mas hoje eu gastei meus últimos tostões da conta bancária para fazer o que nunca mais tinha feito: ir ao cinema.
quando saí, deslumbrada com o filme, da sala do cinema, eu pensei 'quer saber? eu tenho tudo'.
dinheiro não é quase nada nessa vida. sabe por que?
porque o dia estava lindo, o sol brilhava no céu e a música que eu ouvia no ônibus era linda. e fui ouvindo várias vezes seguidas, e toda a vez que ela recomeçava, meu coração se enchia de esperança novamente. e eu tirei o sapato que me doía os pés quando cheguei perto de casa e senti o chão. eu adoro fazer isso. gastamos dinheiro com sapatos, mas não há sensação melhor do que despir os pés e andar com eles descalços no chão. e sentir a grama? e quando ela está molhada da chuva? e senti-la enquanto tomamos banho de chuva? que dinheiro é que paga isso?
eu gosto de um ser humano está longe. eu daria algumas moedas para revê-lo. mas sabe que até nisso o tempo foi bom comigo? aprendi, da pior maneira (claro, sempre), a, definitivamente, amar-me. que saudade eu tava do meu carinho, do meu amor e do meu gosto em mim mesma. que dinheiro paga isso?
claro que dinheiro é importante, eu não sou hipócrita de dizer o contrário. mas mais importante é saber usá-lo com sabedoria. num mundo extremamente globalizado e capitalista como o nosso, vale mais à pena repassar a ideia do desapego ao material, à elevação do espírito.
por isso, estude. não há dinheiro que pague o conhecimento, a inteligência, a criatividade. por mais que exista a comercialização disso tudo, saiba que nunca pagarão o suficiente pela sua ideia. por isso, compartilhe as ideias de modo gratuito, afinal de contas, você estará ajudando pessoas que talvez não tenham dinheiro para comprá-la. estude para se consagrar para si mesmo, para se superar, para alcançar uma meta pessoal, para se especializar em um assunto que você gosta muito. estude por gosto, leia coisas interessantes, veja os assuntos de outra maneira, com outra perspectiva. busque um sentido na teoria, tente aplicar a teoria na prática, se não funcionar, busque outra teoria, um sentido nessa teoria, aplique a outra teoria na prática, se não der certo, tente de novo. só não deixe de tentar. o mundo precisa de pessoas pensantes e atuantes. não ache que só porque você está aí sentado que não pode fazer nada. pode. escreva. transforme cabeças. exponha uma ideia. mostre pro mundo. faça o mundo melhor com bons pensamentos. divida. existem pessoas que precisam de uma palavra boa, de esperança, de alegria.
trabalhe. não se lamente. eu também tô desempregada. fiquei meio em depressão. ainda estou trabalhando nisso, e bem melhor. mas mesmo assim trabalhe. mesmo que você não ganhe dinheiro. sinta-se útil: esse é o verdadeiro motivo do trabalho. seja voluntário. não quer ser? lave uma louça, lave sua própria roupa, varra seu quarto, seja alguém pra você mesmo. tenha gosto em fazer coisas que você não faria nem amarrado - mude de ideia.
tenha noção de que dinheiro pode trazer as coisas felizes pra perto de você, mas que você pode consegui-las, de um jeito ou de outro, mais modestamente, ou quem sabe até de graça.

afinal, quanto vale um sorriso se não apenas o próprio valor de sorri-lo?



7.11.11

every teardrop is a waterfall

lembro-me e sinto saudades das coisas mais inimagináveis possíveis, e também desconhecidas... eram sentidos só meus, que só eu suponha saber... aí estão:
o barulho do ar condicionado do antigo quarto - ás vezes acordava de madrugada e dava graças por estar tudo desligado, tv, luzes, computador, então eu só escutava o barulho do ar condicionado, misturado ao barulho da geladeira e aos teus...
o preenchimento de minha nuca pela tua cabeça - sempre soube que conseguiria (como antes de conhecer a sensação, conseguia) dormir sem teu corpo encostado ao meu e tua respiração bem embaixo de meus cabelos... só não sabia que ia doer mais do que eu pensava que sabia. gostava tanto que na hora de acordar já queria que chegasse novamente a hora de dormir, apenas pra sentir tua pele pálida e rosada colada à minha morena e escutar teus barulhos que, de início, incomodavam, depois me faziam rir com gosto, e que hoje fazem-me, ainda, uma falta incompreendida.
o mês de maio do ano 11, que estivemos distantes na matéria mas impressionantemente próximos de alma - foram dias contados em um calendário caseiro que só continha dias de maio, todos eles, e que ia riscando um a um, até o dia oculto em que não mais precisaria fazer isso. durante esse tempo, a voz da laura me embalava, de dia e de noite, fazendo-me ter força pra não sentir tanta saudade de quem estava longe e comigo, enfim... ela me falava de um homem errante e eu pensava em ti, e queria que o tempo passasse e te entregasse pra mim... fiz também escritos  de meus pensamentos e sentires em um lugar escondido que te mostrei meses depois, em mais uma tentativa frustrada de te fazer lembrar as coisas tão boas que tivemos... do dia zero ao vinte e algo, acho, do fim de abril até maio.
teu cheiro depois que tiravas a blusa - no calor ou no frio, suado ou trocando-a após experimentar várias saído do banho. mal consigo me sustentar quieta quando sinto teu cheiro bom... porque não só lembro ou sinto saudades, eu te cheiro sem nem estares perto. ao acordar, ao dormir, almoçando, atravessando a rua. muitas vezes, quando estou fora de casa, acabo te sentindo e, mesmo sabendo que estás em outra cidade, num ímpeto, viro e reviro a cabeça em muitas direções tentando te encontrar... e nunca estás.
nicks e subnicks malucos - sempre com uma mensagem, às vezes tão subliminar e ambígua que nunca dá pra saber se é pra ti mesmo, pra alguém, pro mundo ou pra ninguém. não uso mais o msn. não tem mais graça. mas gostava de tentar adivinhar qual seria a próxima frase, mensagem, palavra. quão boa não foi minha surpresa ao ver que vai sobrar carinho se faltar estrada ou carnaval? foi a única mensagem que quando li, tive certeza absoluta e instantânea que era pra mim...
saudade tem dessas coisas. pega-nos mesmo às 3 horas da manhã depois de muito estudo... é que faltas tu pra debater e depois me abraçar, quando eu já estivesse cansada.

relembrar tudo isso hoje não me faz mal. toda lágrima é uma cachoeira - quando vale à pena.

6.11.11

fios de violão

eu quero essa tranquilidade cantada, tocada e plantada no violão todos os dias... porque, sabe, é verdade, é tudo verdade que ainda acontece, mas eu não me preocupo mais. não agora, não nesse instante e espero que pelos próximos todos os diasmoi je serai toujours chez toi no fim das contas. o caso é que eu não sei bem. qual será a próxima onda de calor? e será que tu fizeste a barba? saudades de unhas em costas, encostadas em fios de nylon ou aço, desfiando notas, desafiando o silêncio. e aí a voz entoando, rouca e desafinada, a canção que menos se cantou e mais se sentiu. estou calma, a alma segue forte. mas é que sempre tem um mas e um sempre. eu só tô com uma ausência de presença tão grande que nem dá mais pra gritar. quase me conformando. até quando?

2.11.11

eu tinha fé em tanto fá
aí num afã
a fé findou
o fá me afundou

era muita fé em pouco fá
e agora um fá em meio a fé

e tempo...
ele não é bem engraçado?
(de dar dó)
pela milésima vez
é hora de recomeço